terça-feira, 20 de maio de 2008

10 formas de simplificar a sua vida

Eu sei, você sabe, todas sabemos: nossa rotina é um corre-corre. E ter zilhões de coisas turbinando o cérebro, lotando o desktop e até o apartamento só piora a situação. As sugestões de especialistas vão ajudá-la a se organizar melhor e a se livrar dos trastes mentais, virtuais e materiais que atolam o dia-a-dia. Pronta?

Carol Ruy

Espaço livre para respirar

Você é a rainha dos bibelôs, dos bichinhos de pelúcia, das caixinhas? Não tem coragem de se livrar de embalagens de presente? Se a resposta for positiva, sua mesa, seu doce lar devem estar apinhados de coisas. E, com tanta informação ocupando o seu cérebro, ele é obrigado a trabalhar mais e mais. Pelo bem da sua clareza mental, concentração e paz de espírito, é melhor fazer uma faxina geral.

Anotar é preciso

O primeiro passo para simplificar a vida é ter uma agenda, seja ela eletrônica ou um prosaico caderninho à moda antiga. "Anote as atividades que você planeja realizar em um dia. Escrevendo, irá perceber que, às vezes, é impossível cumprir tantas tarefas", explica Luiz Alberto Hetem, diretor da Associação Brasileira de Psiquiatria. Reduzir o número de compromissos representa uma mudança nos seus hábitos e toda mudança é assimilada devagar. Mas não custa mentalizar os benefícios que tal atitude vai trazer no futuro.

Quanto mais realista, melhor

"Não adianta nada em cidades grandes, como São Paulo e Rio de Janeiro, marcar um programa em seguida de outro. É necessário considerar os imprevistos, o trânsito", alerta o dr. Hetem. O ideal é analisar o tempo de que precisa para cada função e deixar um intervalo entre uma coisa e outra. Aliás, é relaxante dispor de alguns minutos para tomar fôlego. "O que é mais eficiente: estar sempre atrasada, tendo que pedir desculpas, ou chegar antes com calma?", questiona o médico. Também não adianta marcar dez compromissos em um dia sabendo que não dará conta de todos. Isso cria uma tensão constante e ninguém gosta de viver sob pressão. Resumo da ópera: depois de dois, três meses, o desgaste só vai aumentar.

Nada de correr atrás do relógio

Você fala no celular, digita cartas ou prepara uma reunião enquanto belisca um lanche que será seu almoço? "Há a ilusão de que fazendo duas, três ou até quatro coisas juntas economizamos tempo. No fundo, isso gera um alto nível de stress porque se gasta muito mais energia, e a sensação que fica é que nada saiu bem-feito", explica o dr. Hetem. O resultado é o contrário do desejado: a nossa capacidade de focalizar a atenção se reduz. "Parece que os minutos passam mais rápido. Estamos sempre correndo atrás do relógio", explica o psiquiatra. "O saudável é realizar uma coisa de cada vez."

Um bom-dia pra valer

Você levanta em cima da hora e já começa a manhã a mil. Seria mais gratificante acordar mais cedo para fazer algo que lhe dê prazer e entrar no dia bem-humorada. "Pode ser caprichar no café da manhã, tomar um banho demorado, fazer um alogamento ou ouvir sua música preferida", sugere o dr. Hetem.

Barra limpa

Entre os e-mails que você precisa salvar (memos do seu chefe, cronogramas, relatórios...) e os que quer salvar (piadas imperdíveis, bilhetes do namorado, um convite), há uma bela diferença. Sendo assim, classifique. Abra uma pasta para cada categoria e jogue fora o resto.

Vivendo no aqui e agora

"Nossa vida se manifesta no presente. Não é no passado nem no futuro. Estabeleça o que é mais importante neste instante, qual é a ação necessária hoje", aconselha a monja Coen, fundadora da Comunidade Zen-Budista do Brasil. "É normal fazer planos, mas fundamental é aproveitar cada momento."

Ter ou não ter? Eis a questão

"Somos tão bombardeadas por propagandas que queremos comprar tudo o que vemos pela frente e fica parecendo que a felicidade depende de determinado vestido ou sapato", diz a monja. "Por que não praticar o consumo consciente? Questione: 'Do que realmente preciso?' Não é para parar de comprar, mas pensar duas vezes antes de entrar no vermelho."

Devagar e sempre

Começo de ano é época de implementar metas. Mas não dá para fazer dez coisas de uma vez. Por exemplo, se for entrar na academia, reformar a casa, começar um regime, uma pós-graduação... tudo ao mesmo tempo, o saldo será: mais stress. "Tome atitudes gradativamente", ensina Lúcia Novaes, diretora técnica do Centro Psicológico de Controle do Stress, no Rio de Janeiro.

Raiva, nunca mais

Você tem pleno direito de ficar louca da vida por ter recebido um fora do namorado, mas, pense bem, o ódio que está sentindo vai afetá-lo de alguma forma? Feliz ou infelizmente, não. "A longo prazo, rancor e mágoas só fazem mal a quem os experimenta. Complicam as coisas, confundem", ensina Lúcia Novaes. Quer uma saída mais divertida? Faça uma lista das qualidades que faltavam por completo ao sujeitinho que teve o desplante de largá-la. Depois, escreva as características que mais preza no homem ideal. Lembre-se: você nunca teria a chance de conhecer o cara certo caso não tivesse se livrado daquele traste... Da vida tudo se leva. É só ter jogo de cintura.

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