Já pressentiu que o caso com um paquera não ia durar mais que duas semanas? Ou teve uma vontade imensa de falar com uma amiga, aí ligou e descobriu que ela não estava bem? Isso não é bobagem nem coincidência. O nome correto é intuição. Uma ferramenta poderosa que você pode usar para ser mais feliz.
"Nunca me importei que meu ex-namorado saísse com a turma dele", garante Vanessa Paganini, de 26 anos. "Porém, certa vez, quando ainda estávamos juntos, caí numa crise de choro e pedi a ele que ficasse em casa. Ainda bem que me ouviu. Naquela noite, seus amigos sofreram um assalto." Carla Souza, de 30 anos, tinha caso com um rapaz havia mais de um ano. Tudo corria bem até que um dia, pouco antes de encontrá-lo, ela pressentiu que seria a última vez que sairiam. Dito e feito. "O programa foi ótimo, mas depois daquele dia o moço sumiu da minha vida. Não sei de onde veio esse estalo", conta. Há quatro anos, Andréa Lopez, de 30 anos, participou de uma seleção para um estágio superconcorrido. Assim que entregou a prova, teve a certeza de que ia conquistar uma das vagas. Logo recebeu a boa notícia: realmente havia sido classificada.
Esses depoimentos são apenas uma amostra das mais de 40 boas histórias que recebemos numa enquete rápida feita com leitoras, em que perguntamos: "Você costuma ouvir sua intuição?" E é muito provável que você tenha um caso parecido com o dessas mulheres para contar. Isso porque todo mundo é dotado dessa capacidade, também conhecida como feeling ou sexto sentido. Esse radar interno meio bruxo capta pistas escondidas no inconsciente e manda flashes delas para o consciente a fim de alertá-la de algo. E, quanto mais você ficar atenta a tudo o que sente, mais fácil será acessar seu canal intuitivo. Para quê? Para livrar alguém querido de uma situação-roubada, como aconteceu com Vanessa; para acreditar mais em si mesma, como no caso de Andréa; para pressentir o futuro, como fez Carla... Pode acreditar, dentro de todo mundo mora um conselheiro altamente confiável. No entanto, nem sempre é fácil interpretar as mensagens que ele manda, porque normalmente elas vêm em códigos - pode ser uma voz interna ou até mesmo um sinal físico, como um frio na barriga. Para resolver esse problema, pedimos a experts que explicassem cinco feelings comuns no dia-a-dia. Depois de entendê-los melhor, você vai conseguir tomar decisões espertas e, quem sabe, se poupar de futuros sofrimentos.
"Esse romance não vai dar certo."
Por que você está sentindo isso - "Nosso consciente capta de cinco a nove estímulos por segundo, ao passo que o inconsciente registra cerca de 1,5 milhão nesse mesmo tempo", diz a psicóloga Teka Kupersmit. Isso significa que, enquanto você está conversando com um homem, seu inconsciente trabalha registrando inúmeros sinais que o moço passa, mesmo sem você se dar conta. Fica tudo arquivado: a forma como ele olha, a maneira como toca a sua mão, a segurança (ou insegurança) que passa pela voz. Essas informações são somadas às expectativas que você tem em relação ao seu príncipe encantado mais suas experiências em outras relações amorosas. E resultam num veredicto que passa para o consciente em forma de intuição. Paula Prata, de 26 anos, por exemplo, não sabia explicar por que, quando certo paquera chegava muito perto dela, seus músculos se contraíam. "Só sei que aquilo me dava um mal-estar, o que me deixou com o pé atrás em relação ao Roberto", fala. Segundo o psicoterapeuta Edgardo Musso, diretor do Centro de Desenvolvimento da Intuição e Criatividade, no Rio de Janeiro, uma das explicações é que talvez ela não estivesse preparada para se envolver física e emocionalmente com ele. E a intuição deu um alerta para protegê-la.
O que fazer - Da próxima vez que sair com um novo pretendente, anote suas sensações, repare em como seu corpo reage. E, se os sinais forem negativos, pise no freio com o bonitão.
"
Há algo errado com a minha amiga."
Por que você está sentindo isso - "Quando duas pessoas têm uma forte amizade, é comum que fiquem na mesma sintonia, mesmo que passem um longo tempo sem se encontrar", explica Teka Kupersmit. Trocando em miúdos, uma pode captar o que a outra está sentindo numa espécie de comunicação telepática. Cristiane Regina, de 23 anos, sente na pele essa ligação com uma amiga de muitos anos. "Quando penso demais na Fernanda, é certo que algo sério aconteceu. Na primeira vez, o pai dela havia falecido; em outra, uma prima foi internada em estado grave; e, na última, era ela quem estava com tuberculose", conta. Edgardo Musso acrescenta que entre nós, mulheres, essa conexão é facilitada por sermos potencialmente mais sensíveis que os homens - mas nada impede de isso acontecer entre você e alguém do sexo masculino. Foi o caso da estudante Juliana Guimarães, de 20 anos. "Certa vez, passei o dia inteiro pensando em um amigo e resolvi ligar para ele. Soube que estava enfrentando alguns problemas, precisando desabafar e tinha pensado em mim pouco antes de o telefone tocar."
O que fazer - Não ignore o sinal. Ligue ou mande e-mail dizendo algo como "Pensei em você ontem o dia inteiro". Dê um jeito de entrar em contato para saber como ele (ou ela) está.

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