sexta-feira, 30 de maio de 2008

Pós-parto


O bebê chegou há pouco tempo. Você ainda está às voltas com fraldas, mamadas e noites mal dormidas. Seu marido, embora também ainda em período de adaptação, está ansioso para retomar a vida sexual. É quando aparece a pergunta: "Afinal, quanto tempo depois do parto podemos voltar a namorar? Essa história de quarenta realmente é verdadeira?".
Embora não exista uma regra geral, e a situação possa variar de mulher para mulher, existem alguns cuidados que precisam ser tomados.

O resguardo

Geralmente, os especialistas recomendam a interrupção das relações sexuais por um período que pode variar entre 20 e 40 dias. Este tempo é necessário para que o útero volte ao tamanho normal, o colo do útero se feche e para a completa cicatrização dos pontos da episiotomia (corte cirúrgico entre a vagina e o músculo superficial do períneo para facilitar a passagem do bebê, no parto normal) ou da cesárea.

Além disso, desaconselha-se o retorno da vida sexual antes desse período devido ao risco de lesões e infecções no útero e na vagina, e também porque a mamãe pode sentir dor.

Mas lembre-se: o que não é recomendado durante esses primeiros dias é o ato que compreende a penetração. Outras atividades eróticas, beijos e carícias podem ser realizados sem problema algum, basta apenas que haja o desejo de ambos.

Nova gravidez

Há quem diga que o período de amamentação impede a gravidez. Pura lenda. Embora as mulheres que amamentem tendam a voltar a ovular um pouco mais tarde, de 10 a 12 semanas após o parto, existe sim a possibilidade de engravidar antes mesmo de o bebê completar um ano.

Portanto, se não está em seus planos aumentar a família agora, é bom começar a pensar em um contraceptivo antes de voltar a ter relações sexuais. Preservativo, diafragma, DIU e, eventualmente, a mini-pílula (que contém somente um hormônio e não interfere na lactação) são as opções mais indicadas.

Como cada um desses métodos tem seus prós e contras, converse com seu médico, e com seu marido também, para juntos decidirem qual a melhor opção para você.

Revisado por Dra. Zsuzsanna Di Bella, ginecologista e obstetra.

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